É isso. Quando falo de uma nova sensibilidade
negra e periférica que insurge da cultura hip hop (sobretudo do seu caráter
masculinizante) e assume contornos e narrativas inovadoras (novas leituras de
mundo). Entre outras coisas, me refiro a isso. Assimilação e diálogo criativo,
mas ao mesmo tempo, início do fim do senso de subalternidade e interdição
efetiva da complacência estética das elites. Vamos paulatinamente substituindo
e sem retorno, as coleções da barsa por textos de Jenyffer
Nascimento e Allan da Rosa , filmes
importados da globo por documentários do NCA e Daniel Fagundes e as
trilhas musicais das novelas pelo som do Fino
Du Rap e as malditas imitações de pinturas renascentistas, por
telas singulares de Shidon
Soares , Renata Felinto e Laura
Nunes Teixeira . Pode demorar muito, mas o processo já tá em andamento e
eu estou vivo e são para acompanhar aos vivos e as cores.
