terça-feira, 13 de dezembro de 2016

JENYFFER NASCIMENTO E SUA TERRA FÉRTIL.



Uma das escritoras mais inquietas da nova geração de literatas negras no Brasil. Nem bem absorveu a visibilidade que seu primeiro livro alcançou, circulando por meios alternativos e já está formulando os próximos passos, cheia de perguntas e divagações filosóficas. Sua obra faz parte de um panorama de escrituras criativas cujo ponto de partida é cultura Hip Hop. Esse movimento sócio-cultural trouxe à reflexão em torno da identidade negra para outro patamar, onde a juventude a principal agente. A música rap abriu caminho para novas escritas, outros temas, denuncias de outras injustiças e comunicação de angustias outras. Sua poesia alquebrada e muitas vezes direta, denota o exercício constante de auto-construção e subjetividade radical. Mas, também cala fundo sobre as expectativas de afeto, cuidado e realização de seu eu poético e de outras mulheres jovens e sensivelmente conscientes de suas condições e lugar social. De outro lado também nos chama atenção para um forma totalmente inovadora de tratar criativamente o texto escrito, submetendo-o a conteúdos considerados menores, como dramas pessoais e acontecimentos cotidianos.
A vida das mulheres periféricas desde a infância até a vida adulta. As relações de amor, descobertas e conexões de toda ordem acompanham um ativismo atravessado por perguntas altamente complexas sobre a felicidade, consumo, maternidade e prazer.
Uma das editoras da Revista Feminista Periférica Fala Guerreira.    
POR SALLOMA SALOMÃO. ARUANDA MUNDI 2016

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