Não basta parar de matar e encarcerar nossos jovens. Será necessário uma
outra concepção de educação para valorização da vida. É preciso deter
os slogans de paz da classe média branca, os disssimulados pedidos de
armas de letalidade para a polícia e reivindicação de mais liberdade
para matar sem freio. Será necessário uma educação de nós mesmos quanto a
perversidade da classe política e as violências
fratricidas. A arte não salva, mas quando concebida como elemento
reumanizador, ela instaura um ambiente que faz emergir autoconsciências e
alteridades comunicantes.
As Fábricas de Cultura têm uma lugar ambíguo
na realidade social das periferias de São Paulo. Foram pensadas como
resposta a política oficial de matança empreendidas pelo PSDB desde a
década de 1990 em SP. Tive sua importância e se esgotou na total falta
de transparência do uso dos recursos e arbitrariedades várias cometidas
pelos gestores contra os funcionários. A politização crescente dos
Arte-Educadores foi respondida com mais autoritarismo e centralização.
A
partir de 2015 o que se viu o aprofundamento da precarização do serviço
e perseguições aos grevistas e demissões sumárias. Talvez no ano que
vem Cultura entre na agenda dos debates eleitorais, se algum caldo de
aprendizagem tiver sido retido nos nichos de grupos culturais
disseminados nas periferias. As Ongs e Grandes Empresas de
Entretenimento ainda funcionam como dutos de escoamento dos recursos,
justamente pela fragilidade política do setor cultural emergente. Pode
ser que o jogo mude nos próximos lances.
Viva a Fábrica de Cultura do
Jardim São Luís. Viva à todos os jovens e educadores, viva as equipes
que trabalham nas trincheiras em favor da vida e da verdadeira e efetiva
liberdade de expressão. Aqui pra nós a questão está só no resultado
artístico alcançado, mas nos processos formativos de jovens com quase
zero alternativas de vivências na aquisição de linguagens expressivas
durante a escolarização formal. As Fábricas são oásis cuja água fresca
pode ser melhor aproveitada e distribuída. By Ana Cristina Rodrigues.
Olhar/Mosaico em perspectiva de práticas e conhecimentos, políticas e artes africanas/diapóricas. Biocaminho na esfera. Anima afim de experimentar toques e palavras, sons e ruídos, notas tortas, acalentando dissonantes rebeldias. Desejos de sorver quase tudo no cosmo, na Américafrolatina. Utopias à beira do Atlântico. Por desvelar e reconhecer as partes e o todo, durante a busca do estar pleno no mundo, enquanto for.
SILVA, Salloma Salomão Jovino da. Bio-caminho
Salomão Jovino da Silva, "Salloma Salomão é um dos vencedores do CONCURSO NACIONAL DE DRAMATURGIA RUTH DE SOUZA, em São Paulo, 2004. por dez anos foi Professor da FSA-SP, Produtor Cultural, Músico, Dramaturgo, Ator e Historiador. Pesquisador financiado pela Capes e CNPQ, investigador vistante do Instituto de Ciências Socais da Universidade de Lisboa. Orientações Dra Maria Odila Leite da Silva, Dr José Machado Pais e Dra Antonieta Antonacci. Lançou trabalhos artísticos e de pesquisa sobre musicalidades e teatralidades negras na diáspora. Segue curioso pelo Brasil e mundo afora atrás do rastros da diáspora negra. #CORRENTE- LIBERTADORA: O QUILOMBO DA MEMÓRIA-VÍDEO- 1990- ADVP-FANTASMA. #AFRORIGEM-CD- 1995- CD-ARUANDA MUNDI. #OS SONS QUE VEM DAS RUAS- 1997- SELO NEGRO. #O DIA DAS TRIBOS-CD-1998-ARUANDA MUNDI. #UM MUNDO PRETO PAULISTANO- TCC-HISTÓRIA-PUC-SP 1997- ARUANDA MUNDI. #A POLIFONIA DO PROTESTO NEGRO- 2000-DISSERTAÇÃO DE MESTRADO- PUC-SP. #MEMÓRIAS SONORAS DA NOITE- CD - 2002 -ARUANDA MUNDI #AS MARIMBAS DE DEBRET- ICS-PT- 2003. #MEMÓRIAS SONORAS DA NOITE- TESE DE DOUTORADO- 2005- PUC-SP. #FACES DA TARDE DE UM MESMO SENTIMENTO- CD- 2008- ARUANDA SALLOMA 30 ANOS DE MUSICALIDADE E NEGRITUDE- DVD-2010- ARUANDA MUNDI. Elenco de Gota D'Água Preta 2019, Criador de Agosto na cidade murada. |
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Postado por
SALOMAO JOVINO DA SILVA
às
13:25
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