Por Salloma Salomão FANON não era historiador, mas era Médico Psiquiatra. Sua obra fundamental foi "Pele negra, máscara branca", onde perscruta os efeitos psicossociais nocivos do racismo antinegro no contexto colonial no Caribe e na África. Sua obra é germinal nos estudos da psicologia social das relações raciais no mundo.
Retirado de Anna Raquel Rodrigues no Facebbok
"Para se falar uma história de identidade, é preciso um resgate profundos nos maiores confins, porque a história foi escrita porque quem tem costume de ocultar. É uma história plenamente aceita, como se tudo fosse terminar no branco, num mundo eurocêntrico que orbita em torno de si mesmo e classifica tudo que está na borda como exótico. Salloma insiste na necessidade de cavucar nas raízes do intelectual negro, das comunidades negras e seus levantes artísticos.
"Para se falar uma história de identidade, é preciso um resgate profundos nos maiores confins, porque a história foi escrita porque quem tem costume de ocultar. É uma história plenamente aceita, como se tudo fosse terminar no branco, num mundo eurocêntrico que orbita em torno de si mesmo e classifica tudo que está na borda como exótico. Salloma insiste na necessidade de cavucar nas raízes do intelectual negro, das comunidades negras e seus levantes artísticos.
E num Brasil que se orgulha tanto de se auto-proclamar-se fruto de uma mistura genuína e positiva, o historiador questiona o papel do negro, que teve sua narrativa decepada por uma telegramaturgia elitista, por um mundo intelectual branco que colocou o negro na posição que lhe convinham. Mas a força dos fandangos, do lundu melodioso, da musicalidade não pode ser esquecida.. Que não se esqueça também do Teatro Experimental do Negro, criação de Abdias Nascimento, mas plenamente sustentado por uma trupe talentosa de operários e domésticas que buscaram na ancestralidade e na frustração da repressão racial uma força inigualável para interpretar"
Retirado do site original do arquivo.
"Publicado em 3 de dez de 2014
O historiador e africanista Frantz Fanon entendia o racismo como modo socialmente gerado de ver o mundo e viver nele. Em sua curta mas impactante bibliografia, ele destrinchava as origens do colonialismo e o imenso impacto mental nas populações negras; e dizia que a luta deveria ser absoluta pela reconstrução de um novo mundo, e pelo resgate da ancestralidade das comunidades dizimadas.
O novo vídeo da série Tão Longe, Tão Perto, tem como convidado o africanista e historiador Salloma Salomão. No início, o entrevistado já reitera não acreditar numa noção de identidade brasileira, pelo menos, não como é apresentada, criação fabulosa de uma elite intelectual muito próxima das rodas de poder que massacram e reprimem as comunidades.
Para se falar uma história de identidade, é preciso um resgate profundos nos maiores confins, porque a história foi escrita porque quem tem costume de ocultar. É uma história plenamente aceita, como se tudo fosse terminar no branco, num mundo eurocêntrico que orbita em torno de si mesmo e classifica tudo que está na borda como exótico. Salloma insiste na necessidade de cavucar nas raízes do intelectual negro, das comunidades negras e seus levantes artísticos.
E num Brasil que se orgulha tanto de se auto-proclamar-se fruto de uma mistura genuína e positiva, o historiador questiona o papel do negro, que teve sua narrativa decepada por uma telegramaturgia elitista, por um mundo intelectual branco que colocou o negro na posição que lhe convinham. Mas a força dos fandangos, do lundu melodioso, da musicalidade não pode ser esquecida.. Que não se esqueça também do Teatro Experimental do Negro, criação de Abdias Nascimento, mas plenamente sustentado por uma trupe talentosa de operários e domésticas que buscaram na ancestralidade e na frustração da repressão racial uma força inigualável para interpretar. E que não se negue a força do trabalho de Salloma, que pesquisa a musicalidade africana e a resgata, rica e teimosa frente a um mercado audiofônico incrivelmente autocentrado.
“Quando nós nos revoltamos, não é por causa de uma cultura especial. Nós nos revoltamos simplesmente porque a maioria das vezes, não conseguimos mais respirar”, escreveu Frantz Fanon. A revolta só será completa quando o pulmão respirar tranquilo, e a história for reescrita pelas mãos que finalmente merecem escrevê-la."
O novo vídeo da série Tão Longe, Tão Perto, tem como convidado o africanista e historiador Salloma Salomão. No início, o entrevistado já reitera não acreditar numa noção de identidade brasileira, pelo menos, não como é apresentada, criação fabulosa de uma elite intelectual muito próxima das rodas de poder que massacram e reprimem as comunidades.
Para se falar uma história de identidade, é preciso um resgate profundos nos maiores confins, porque a história foi escrita porque quem tem costume de ocultar. É uma história plenamente aceita, como se tudo fosse terminar no branco, num mundo eurocêntrico que orbita em torno de si mesmo e classifica tudo que está na borda como exótico. Salloma insiste na necessidade de cavucar nas raízes do intelectual negro, das comunidades negras e seus levantes artísticos.
E num Brasil que se orgulha tanto de se auto-proclamar-se fruto de uma mistura genuína e positiva, o historiador questiona o papel do negro, que teve sua narrativa decepada por uma telegramaturgia elitista, por um mundo intelectual branco que colocou o negro na posição que lhe convinham. Mas a força dos fandangos, do lundu melodioso, da musicalidade não pode ser esquecida.. Que não se esqueça também do Teatro Experimental do Negro, criação de Abdias Nascimento, mas plenamente sustentado por uma trupe talentosa de operários e domésticas que buscaram na ancestralidade e na frustração da repressão racial uma força inigualável para interpretar. E que não se negue a força do trabalho de Salloma, que pesquisa a musicalidade africana e a resgata, rica e teimosa frente a um mercado audiofônico incrivelmente autocentrado.
“Quando nós nos revoltamos, não é por causa de uma cultura especial. Nós nos revoltamos simplesmente porque a maioria das vezes, não conseguimos mais respirar”, escreveu Frantz Fanon. A revolta só será completa quando o pulmão respirar tranquilo, e a história for reescrita pelas mãos que finalmente merecem escrevê-la."
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