Uma das escritoras mais
inquietas da nova geração de literatas negras no Brasil. Nem bem absorveu a
visibilidade que seu primeiro livro alcançou, circulando por meios alternativos
e já está formulando os próximos passos, cheia de perguntas e divagações
filosóficas. Sua obra faz parte de um panorama de escrituras criativas cujo
ponto de partida é cultura Hip Hop. Esse movimento sócio-cultural trouxe à
reflexão em torno da identidade negra para outro patamar, onde a juventude a
principal agente. A música rap abriu caminho para novas escritas, outros temas,
denuncias de outras injustiças e comunicação de angustias outras. Sua poesia
alquebrada e muitas vezes direta, denota o exercício constante de
auto-construção e subjetividade radical. Mas, também cala fundo sobre as
expectativas de afeto, cuidado e realização de seu eu poético e de outras
mulheres jovens e sensivelmente conscientes de suas condições e lugar social.
De outro lado também nos chama atenção para um forma totalmente inovadora de
tratar criativamente o texto escrito, submetendo-o a conteúdos considerados
menores, como dramas pessoais e acontecimentos cotidianos.
A vida das mulheres
periféricas desde a infância até a vida adulta. As relações de amor,
descobertas e conexões de toda ordem acompanham um ativismo atravessado por
perguntas altamente complexas sobre a felicidade, consumo, maternidade e
prazer.
Uma das editoras da
Revista Feminista Periférica Fala Guerreira.
POR SALLOMA SALOMÃO.
ARUANDA MUNDI 2016
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